domingo, 27 de dezembro de 2015

Reginaldo Faria vive Maurice em "Totalmente Demais"

Reginaldo Faria vive Maurice e aparece em cenas ao lado de Glória Menezes


Atores interpretam pais de Arthur, personagem de Fábio Assunção em 'Totalmente Demais'

Reginaldo Faria e Glória Menezes em Totalmente Demais (Foto: TV Globo)

Com tanto tempo de estrada e carreiras recheadas de sucessos, Reginaldo Faria e Glória Menezes já se encontraram algumas vezes em trabalhos na TV Globo: em Pai Herói (1979), A Próxima Vítima (1995), Porto dos Milagres (2001) e no recente Louco Por Elas (2012/2013). Mas se lá em 1979, Raul (personagem de Reginaldo) deixou Ana Preta (vivida por Glória) encantada com seu jeito do interior, em Totalmente Demais os dois formam um ex-casal que parece não conseguir mais se entender.

Pai de Arthur, Maurice é um bon vivant (Foto: TV Globo)

Stelinha chega primeiro à trama e tentará ajudar Eliza no concurso Garota TD+ (Foto: TV Globo)

Enquanto Glória vive Stelinha, uma perua controladora que fará de tudo para transformar Eliza(Marina Ruy Barbosa) em uma dama, Reginaldo interpreta o bon vivant  Maurice, de quem Arthur(Fábio Assunção) puxou o jeito com as mulheres e a vontade de aproveitar a vida. Os dois ainda têm em comum o hábito de viver às custas da mesada que o dono da Excalibur lhes dá. O que os motivará a se encontrarem novamente? Descubra em Totalmente Demais!


Fonte: Gshow

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Reginaldo Faria comparece a pré-estreia de filme

Os consagrados atores Regina Duarte e Reginaldo Faria tiveram seus dias de espectadores e tietes dos filhos Gabriela Duarte e Marcelo Faria, respectivamente, que lançaram o longa Ninguém Ama Ninguém...Por Mais de Dois Anos, na noite da terça-feira (11), em Copacabana, no Rio de Janeiro. 



"Sucesso! A Gabi arrasando! Elenco genial, perfeito, direção exata, produção elegante, super bem cuidada e o texto hilário do nosso grande Nelson Rodrigues!", vibrou Regina Duarte.
Luana Piovani, Monique Alfradique eJulianne Trevisol também abrilhantaram a noite.
O longa narra a história de cinco casais no início dos anos 60 e o público observa os medos e desejos de cada um em cenas que ganharam ares intrigantes e até bem-humorados. O enredo de cada casal são contos ainda inéditos de Nelson Rodrigues no audiovisual.
Mais cedo, em entrevista exclusiva com QUEM, o elenco falou sobre a produção. Marcelo Faria opinou sobre as crônicas atemporais de Rodrigues. "Ele retratava o tempo dele, os anos 50 e 60. Não acho que fosse machista. Pelo contrário. Brincava com isso e mostrava  de forma irônica esse tipo de comportamento. Se estivesse vivo, estaria escrevendo sobre os dias atuais com genialidade", disse.
Ernani Moraes, que também integra o elenco, disse discordar da teoria do autor. "Naquela época, as meninas se casavam virgens, aos 20 anos. Os rapazes também. É lógico que esse formato tinha prazo de validade, não haveria de dar certo. Hoje, os tempos são outros", analisou.

Estrela do filme, Gabriela conversou com Quem sobre sua segunda incursão em um texto de Nelson Rodrigues. A primeira foi na década de 90, quando fez A Vida Como Ela É. "Fazer Nelson é uma delicia. Como atriz, é incrível revisitar esse autor. A gente amadurece, a percepção é outra", explicou.
Sobre as cena de nudez, ela disse não ter se sentido intimidada e disse se sentir à vontade com o corpo, aos 41 anos. "Não tive problema. E a cena tinha contexto, era um banho", disse.

Com Julianne Trevisol e Michel Melamed também no elenco principal, a produção tem ainda participações especiais de Luana Piovani. O filme chega aos cinemas no dia 19 de novembro.
Fonte: Revista Quem

terça-feira, 20 de outubro de 2015

Coletiva de Imprensa: "Totalmente Demais"

“TOTALMENTE DEMAIS” ESTREIA DIA NOVE DE NOVEMBRO COM A PROMESSA DE LEVAR LEVEZA E POESIA AO HORÁRIO DAS 19HS

Os autores Rosane Svartman e Paulo Halm e o diretor Luiz Henrique Rios apostaram em um elenco jovem para contar uma história de esperança

por: Karina Kuperman


Um conto de fadas moderno. Essa é a aposta dos autores Paulo Halm e Rosane Svartman em “Totalmente Demais”, a próxima trama das 19h, que estreia no dia nove de novembro. O tom leve com direção assinada por Luiz Henrique Rios tem nomes como Marina Ruy Barbosa, Juliana Paes, Fábio Assunção, Humberto Martins, Felipe Simas e muitas outras estrelas no elenco e a gente foi até o Projac na manhã desta terça-feira (20) para conversar com todo mundo, dar uma olhada na cidade cenográfica e entender melhor a trama.
A história gira em torno de Eliza (Marina Ruy Barbosa), uma menina que se muda da fictícia Campo Claro, no interior do Rio, para a capital e passa a viver nas ruas, onde conhece Jonatas (Felipe Simas), que a ensina a trabalhar como vendedora de flores. A amizade logo vira romance e o carismático personagem, que se define como um “empresário das ruas”, se depara com um grande desafio no caminho do coração de Eliza: Arthur.
O bem-sucedido empresário de uma agência de modelos, vivido por Fábio Assunção, cruza o caminho de Eliza bem quando está a procura de uma jovem para estampar uma campanha publicitária em parceria com a revista “Totalmente Demais”, que promove um concurso para encontrar uma “new face”. A grande oportunidade da vida da humilde protagonista, então, vira também um envolvimento amoroso. “Não sabemos muito o que vai acontecer entre o Arthur e a Eliza. Ele está preparando-a para ser uma modelo, mas eles se envolvem. Essa diferença de idade hoje em dia não pesa tanto”, disse o veterano. Marina, que em “Império” fez par romântico com Alexandre Nero, concorda. Madura para a idade, a atriz afirmou que os boatos de romance acontecem quando o público vê um trabalho bem feito. “Se surgirem histórias como teve com o Nero é porque estamos convencendo e está dando certo. Quando está tendo boato é sinal de que o casal tem química”, declarou, com a delicadeza habitual.

A outra vértice desse romance é a poderosa Carolina (Juliana Paes), diretora da revista “Totalmente Demais”, e amante de Arthur nas horas vagas. A atriz contou que sua personagem não se parece em nada com ela. “A Carolina é muito diferente de mim. Eu sou muito cordial, já ela não faz o mínimo esforço de agradar, só quando lhe convém. Ela tem um distanciamento das pessoas, uma característica que eu não tenho. Nosso único ponto em comum é o desejo pela maternidade, que eu tive em algum momento fortemente e ela vive isso”, analisou. Apesar do jeito frio da personagem, Juliana acredita que ela não é vilã. “Eu não a vejo assim. A Carolina é uma antagonista. Vilão pratica maldades, ela não está interessada em acabar com a vida de ninguém, só quer cuidar da própria. Se alguém atravessar o caminho dela, aí sim. Quando ela se sente ameaçada pela figura da menina mais jovem ela bota as manguinhas de fora”, adiantou.

As cenas da coletiva de imprensa já deram uma noção do que está por vir no horário das 19h: leveza, humor, poesia e, principalmente, esperança. “A novela vem em um momento bom. Está acontecendo tanta coisa ruim no mundo e parar pra assistir esse conto de fadas contemporâneo renova as nossas esperanças”, definiu Marina, endossada pela autora Rosane Svartman: “Vivemos um ano difícil e essa novela fala do desejo de mudar e o que podemos fazer para isso”, disse ela, ao lado de Paulo Halm, que brincou: “Não tenho o que dizer, as imagens desse clipe valem por mil palavras”.

Reginaldo Faria, que viverá o pai de Arthur, ex-marido da personagem de Gloria Menezes, não apareceu nas primeiras cenas, mas teve seu nome destacado pelos diretores e autores e fez questão de subir ao palco para falar da experiência que marca seu retorno às novelas após a breve participação em “Império”. “Eu só tenho que dizer que nunca na vida chorei vendo clipe de novela. Essa foi a primeira vez. Fiquei emocionado com a técnica primorosa, vai ser maravilhoso. Vamos arrebentar”. Palavra. de veterano. Nós concordamos

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Reginaldo Faria lembra desfecho marcante de ‘Vale tudo’: ‘A cena da banana foi a mais contundente’

Como esquecer da gestual (e debochada) ‘banana’ de Marco Aurélio em ‘Vale tudo’? 
Quem viu jamais esquecerá. Quem não viu, também. Como apagar da memória os constantes ataques verbais da megera Odete Roitman, querida por causar tanto ódio? Como não conhecer a debochada postura de Marco Aurélio, que fugiu do país oferecendo uma gestual banana aos compatriotas? As imagens são clássicas. Vinte e seis anos após o fim de “Vale tudo”, estão vivas no imaginário do povo brasileiro. E atuais.

— Foi tudo muito forte. A cena da banana, por exemplo, foi a mais contundente. É, aliás, por onde eu sou mais lembrado. Para quem atua, isso é um prato feito. É uma beleza pegar um papel desses! Você precisa fazer um personagem fascista para que as pessoas entendam o que significa o fascismo — analisa Reginaldo Faria, intérprete do nefasto Marco Aurélio, corrupto homem de negócios: — Com a novela, atingimos uma consciência que precisávamos ter na época. O engraçado é que hoje a gente vê a mesma coisa, mas de uma forma bem mais acachapante. É uma novela contemporânea!


Assassinato de Odete Roitman movimentou enigma em ‘Vale tudo’: quem matou?

Beatriz Segall que o diga. Ainda hoje, a atriz é chamada de Odete Roitman quando circula nas ruas. Inevitável. “Mas acontece bem menos do que antes”, frisa a artista de 89 anos, reforçando não enxergar problemas com a recorrente referência ao trabalho.

— Quando uma produção é muito bem feita, bem dirigida e bem interpretada, a coisa ganha uma importância enorme. Muita gente acha que a televisão não é feita para educar. Mas o fato é que, sim, ela educa! Com “Vale tudo”, foi assim. Era a primeira vez que se mostrava a corrupção com clareza, para que o público pudesse compreender — defende Beatriz.

Heleninha (Renata Sorrah): símbolo atemporal contra o alcoolismo 
 
Antes de embarcar no universo da protagonista Raquel, Regina Duarte não tinha noção das proporções que o folhetim poderia tomar. Hoje, a sofrida mãe de Maria de Fátima (Gloria Pires) faz parte do seleto time das grandes personagens da TV. Impossível deixar escapar dos ouvidos os potentes gritos da mulher que chegou a vender sanduíches para dar a volta por cima.

— As pessoas lembram muito. Foi um marco, e eu tinha acabado de fazer a Viúva Porcina em “Roque Santeiro” (1985), ainda assustada com o que viria depois daquele sucesso retumbante. Lembro de me perguntar: “E agora, o que vou fazer para manter o bom nível?”. Logo depois veio a Raquel, numa novela tão icônica quanto a anterior — festeja.

Maria de Fátima, de ‘Vale tudo’, está no time das grandes vilãs da TV brasileira 
 
Glória Pires: ‘Como esquecer algo tão bacana!?’

Como Beatriz e Regina, Gloria Pires carrega até hoje o peso de um personagem tão emblemático. Mas não se assusta. Tampouco lamenta. A atriz adora quando é abordada pelo público para recordar as tramoias escabrosas de Maria de Fátima. Sim, ela entrou para o rol das maiores vilãs da TV brasileira.

— Personagens são como filhos... Eles podem e devem coexistir. Como eu poderia querer que esquecessem algo que considero tão bacana?!? — ressalta Glória, elegendo a pior maldada destilada na telinha: — Entre vender a casa aonde a mãe e o avô humildes moravam, roubar o namorado da melhor amiga, vender o filho ou quase arruinar a vida amorosa da mãe? Deixar a mãe e o avô sem moradia foi a pior!

O trabalho marcou ainda uma preciosa parceria entre a atriz e o autor Gilberto Braga, que viriam a se encontrar novamente em outros quatro folhetins.

— Quando nos conhecemos, houve uma empatia imediata. Isso não tem explicação. É uma confiança além de questões práticas — afirma, sem deixar de reforçar: — Considero um grande momento, uma preciosa a parceria entre Gilberto (Braga) e Aguinaldo Silva. A trama condutora era muito bem urdidam forte e coesa.

FONTE: Jornal Extra

 
 

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Glória Menezes e Reginaldo Faria viverão ex-casal na novela "Totalmente Demais"

Atores serão pais de Fábio Assunção na próxima novela das sete da Globo.

A atriz Glória Menezes, cuja última novela completa foi A Favorita, exibida em 2008, está de volta ao gênero após participações especiais em Cama de Gato e Joia Rara, além da série Louco Por Elas. Ela viverá a socialite carioca Stellinha em Totalmente Demais, próxima novela das sete da Rede Globo, escrita por Rosane Svartman e Paulo Halm, que irá substituir I Love Paraisópolis a partir do dia 9 de novembro. A produção é da mesma equipe de Malhação - Sonhos, que chegou ao fim de sua exibição em agosto deste ano.
Na história, Stellinha, que é mãe de Arthur (Fábio Assunção), é uma mulher ressentida porque foi abandonada pelo ex-marido, o bon vivant Máurice (Reginaldo Faria), que sempre foi mulherengo e sempre teve muitas mulheres, com as quais atualmente viaja o mundo à bordo de um iate próprio.
O filho, Arthur, puxou ao ex-marido: casado com a modelo Natasha (Lavínia Vlasak), ele possui um caso com Carolina (Juliana Paes), editora da revista Totalmente Demais, e Danielle (Fernanda Motta), top model que estrela uma campanha publicitária da marca Bastille em parceria com a agência Excalibur.
De vez em quando, Máurice retorna ao Brasil para visitar a família e sempre há troca de farpas entre ele e a ex-mulher. Sempre acompanhado de mulheres mais jovens, Máurice não demonstra o menor respeito pela família: sequer sabe o nome da própria neta, Maria Joana (Giovanna Rispoli), filha de Arthur e Natasha, que é uma roqueira rebelde que está em constante conflito com o mundo por ser rejeitada pela família.
O elenco da novela Totalmente Demais é composto pelos atores:
Glória Menezes, Reginaldo Faria, Fábio Assunção, Lavínia Vlasak, Giovanna Rispoli, Juliana Paes, Marina Ruy Barbosa, Felipe Simas, Carla Salle, Sérgio Malheiros, Paulo Rocha, Juliana Paiva, Julianne Trevisol, Leona Cavalli, Vivianne Pasmanter, Humberto Martins, Daniel Rocha, Samantha Schmutz, Daniel Blanco, Jéssica Ellen, Hélio de la Peña, Malu Galli, Adriana Birolli, Aílton Graça, Fernanda Motta, Olívia Torres, Carolyna Aguiar, Aline Fanju, Valentina Bandeira, Gabriel Reif, Aline Borges, Marat Descartes, Toni Garrido, Lellezinha, Guida Vianna, Pablo Sanábio, Cauê Campos, Cadu Paschoal, Priscila Steinman, Pablo Morais, Leonardo Lima, Pally Siqueira, Orã Figueiredo, Juan Paiva, Juliana Louise, Marcelo Arnal, Dhonata Augusto, Carol Castro, Jeniffer Nascimento, Stênio Garcia e Felipe Silcler.
FONTE: TV & Famosos
Acesse também o Blog em homenagem à Glória Menezes (AQUI)

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

14º Grande Prêmio de Cinema Brasileiro

A cerimônia lotou o Cine Odeon ontem (1º de setembro), com homenagem ao diretor Roberto Farias e o filme de Fernando Coimbra (O Lobo Atras da porta) levando sete troféus para casa.


A 14ª edição do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro pegou a nata da indústria cinematográfica nacional pela mão e saiu do Theatro Municipal, onde foi realizado no ano passado, cruzou a Cinelândia e estacionou no recém-reinaugurado Cine Odeon, onde apresentou suas 26 categorias na noite de ontem (1º de setembro). Comandada porMarcelo Faria, Miguel Thiré e Paulo Tiefenthaler, a cerimônia teve como grande homenageado da noite Roberto Farias, um dos principais nomes do Cinema Novo, diretor de filmes como “O assalto ao trem pagador” (1962) e presidente da Academia Brasileira de Cinema, responsável pela premiação.

“Parece combinado, né?”, brincou o diretor responsável por passar um helicóptero por baixo do Túnel do Pasmado, em “Roberto Carlos em ritmo de aventura” (1968). “Quando me falaram da homenagem, eu disse que pareceria marmelada, mas não tive como dizer não”, emendou Roberto, que até hoje vê o cinema nacional “Sempre funcionando com muita força e gás”. No palco, o diretor recebeu a homenagem diretamente das mãos do irmão,Reginaldo Faria, e do sobrinho, Marcelo Faria. No palco, que teve cenografia assinada por Sérgio Marimba com direção artística de Ivan Sugahara e iluminação por Paulo César Medeiros, Marcelo interpretava seu tio (que tem um “s” a mais no sobrenome por um simples erro de cartório), enquanto Tiefenthaler vivia o vilão e Thiré o mocinho de uma história que atravessava e dialogava com grande parte da extensa filmografia do diretor.

E o grande nomeado da noite, com 14 indicações nas 26 categorias, foi “Getúlio” (João Jardim), que faturou três prêmios no total, incluindo o de Melhor Ator para Tony Ramos – que dividiu o troféu com Babu Santana, por “Tim Maia” (Mauro Lima), que falou com HT pouco antes de premiação começar. “Estou há 51 anos trabalhando nessa profissão, e confesso que sempre fico feliz em ser indicado para um prêmio, mas tenho o pé no chão”, comentou o intérprete de Getúlio Vargas na obra, acrescentando que “o cinema só resiste à crise financeira produzindo, nem que seja contra uma parede branca e nua”. Apesar de só aparecer no capítulo de quinta-feira, Tony interpreta um dos principais nomes de “A regra do jogo”, ma pele de Zé Maria, um personagem que ninguém sabe se é culpado ou inocente – nem o próprio ator. “A minha intenção é passar essa dúvida para o público, já estou feliz se conseguir transmitir isso. Mas o resto é com o João [Emanuel Carneiro, autor]. Só sei que ele é um homem em busca de justiça e que culpa ‘eles’ por ter sido preso”, disse.



O segundo filme a ter mais indicações – 12 no total – foi também o grande vencedor do 14º Grande Prêmio do Cinema Brasileiro. “O lobo atrás da porta”, de Fernando Coimbra, levou sete troféus, incluindo Melhor Diretor, Melhor Atriz (Leandra Leal), Melhor Atriz Coadjuvante (Thalita Carrrauta) e, o maior da noite, Melhor Longa-Metragem de Ficção. Leandra Leal, que viveu a protagonista Rosa na produção, comentou antes de a cerimônia começar: “A minha expectativa é de encontrar os amigos hoje à noite. Esse foi um filme lindo e fico muito feliz por ele e pelas pessoas que tive a oportunidade de conhecer durante esse processo. ‘O lobo’ é o tipo de longa-metragem que te põe para cima, onde cada um quer ajudar o outro”.


A atriz concorria na categoria com sua amiga e colega de elenco Fabíula Nascimento, que mesmo não tendo faturado o troféu individual, estava radiante após a cerimônia. “Mas claro que ganhei! O Tiago [Marques, diretor de arte] levou um prêmio pelo qual eu estou torcendo há anos, o filme todo se saiu muito bem… Eu ganhei a noite inteira!”, riu a atriz, que se prepara para lançar “S.O.S. Mulheres ao Mar 2” (Cris D’Amato) e “Operações Especiais”(Tomas Portella). Fabíula também não deixou de opinar sobre o atual panorama cinematográfico em meio à crise: “Vejo a indústria em uma fase ótima, com os filmes encontrando sua plateia e, a trancos e barrancos, vamos passar dessa época difícil”, disse. E como anda o papel da mulher no cinema nacional? “Nunca tive problema algum com isso. Quem faz cinema, teatro ou qualquer vertente ligada à arte não pode entrar nessa só porque quer ganhar dinheiro. Mas o que eu gostaria de ver mais são roteiros voltados para as mulheres – roteiros mais femininos, como esse incrível que a Anna Muylaert apresentou agora”, desabafa Fabíula, comentando sobre o sucesso de “Que horas ela volta?”, estrelado por Regina Casé.

O filme protagonizado por Casé parece ter impactado tanto quem já o assistiu que Jesuíta Barbosa, vencedor do prêmio de Melhor Ator Coadjuvante por “Praia do Futuro” (Karim Aïnouz), chegou a dedicar seu troféu “à aula de interpretação que teve com Regina no cinema”. “É sempre muito bom ganhar, né? Dá aquela acariciada de leve no ego”, brincou o artista, que no ano passado concorria na categoria de Melhor Ator, por “Tatuagem” (Hilton Lacerda) e Melhor Ator Coadjuvante, por “Serra Pelada” (Heitor Dhalia). Dessa vez, ganhar pelo filme estrelado por Wagner Moura e Clemens Schik tem um gosto especial, ainda mais depois da rejeição que ele sofreu por parte do público mais conservador. “A gente faz cinema para retratar uma época. Hoje, há muita caretice e preconceito rodando por aí, então acho que, no futuro, quando virem esse trabalho, as pessoas vão entender o que aconteceu. Mas, no fim das contas, acredito que foi tudo bem positivo, porque o acontecido serviu para projeto o ‘Praia’ e, ainda assim, ele cumpriu seu papel”, explicou Jesuíta, que se prepara para viver um romântico professor de música, “quase um revolucionário”, em “Ligações Perigosas”, próxima minissérie da Globo.
Jesuíta conseguiu a tarefa de vencer Cauã Reymond, que estava com indicação dupla na noite, concorrendo como Melhor Ator Coadjuvante por “Alemão” (José Eduardo Belmonte) e “Tim Maia”. “Eu sinto que o cinema fala com um nicho muito mais específico, porque quem escolhe o que assiste é o público”, comentou o ator, que recebeu muitos elogios durante a estreia de “A regra do jogo”, na qual vive o mocinho Juliano. Além do papel como ator, Cauã também exerce a função de produtor em projetos “Pedro”, filme sobre Dom Pedro I estrelado pelo próprio, e“Azuis”, adaptação do livro “Todos os cachorros são azuis”, de Rodrigo de Souza Leão. “Eu tenho essa vivência de participar do cinema por todos os lados, e vejo agora uma dificuldade bem grande de captação de verba. Mas é algo que está em todos os lugares, só precisamos torcer para passarmos disso o mais rápido possível”, contou o ator, que deve começar a filmar “Azuis” no ano que vem (“É até bom, porque sinto que preciso parecer um pouco mais velho para esse personagem”), sem falar nas filmagens de “A curva do rio sujo”, outro longa estrelado por ele.
Um dos vencedores da noite e queridinho do público jovem foi “Hoje eu quero voltar sozinho”, longa-metragem deDaniel Ribeiro que aborda a homossexualidade na adolescência e ganhou como Melhor Ficção pelo voto popular. “É muito legal ganhar esse troféu porque quis dar uma chance de os jovens poderem gays e adolescentes se identificarem com alguma história no cinema, algo que eu não tive nessa idade. O bom do cinema é que ele vai abrindo a cabeça das pessoas, não só sobre assuntos LGBT, mas a respeito de qualquer realidade que lhe seja diferente, algo que é importantíssimo em um país tão culturalmente vasto e extenso como o Brasil”, explicou o diretor.

Ao fim da cerimônia, os convidados puderam brindar no saguão de entrada do Cine Odeon, enquanto a chuva desabava pelo Rio de Janeiro, fazendo com que muitos dos presentes se cobrissem com paletós ou se escondessem atrás de amigos. A noite se encerrou com o clima de vitória geral, até para aqueles que não levaram troféu para casa. Afinal, o grande vencedor da noite foi e sempre será o cinema brasileiro, que a cada ano que passa mostra uma safra ainda maior de profissionais talentosos.

segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Reginaldo Faria viverá um "nômade" na novela "Totalmente Demais"

       

           De férias da televisão desde que fez uma participação especial em "Império" ao lado de Chay Suede, na pele de Sebastião, o ator Reginaldo Faria volta ao batente como um nômade em "Totalmente Demais", adaptação da peça teatral "Pigmalião", que substituirá "I Love Paraisópolis" a partir do dia 9 de novembro deste ano. Sob direção de núcleo de Luiz Henrique Rios, a produção possui autoria de Rosane Svartman e Paulo Halm.

          Na hisótia, cabe ao ator Reginaldo Faria o papel de Mauríce, pai de Arthur (Fábio Assunção) e avô de Maria Joana (Giovanna Rispoli). Ele é um homem milionário que abandonou a mulher, Stela (Glória Menezes), para poder sair com mulheres mais novas. Ela o odeia, mas o mulherengo, apesar de seu comportamento, ainda a ama, gerando conflitos entre os dois. Maurice viaja o mundo em seu iate há muitos anos e raramente dá as caras no Rio de Janeiro para visitar a família. Ele sequer se lembra do nome da neta e da mãe dela, Natasha (Lavinia Vlasak), a mulher de seu filho Arthur.

segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Reginaldo Faria ‘‘Foi um renascimento’’

14 de novembro de 2005 - ISTOÉ Gente

Um ano depois de passar 20 dias em coma, conseqüência de uma angioplastia malsucedida, o ator se diz vítima de erro médico, processa a clínica que o atendeu e fala de sua volta à tevê.

    América e está no ar na reprise de Força de um Desejo. De férias na tevê, capta recursos para dois longas que planeja dirigir: Festa dos Libertos e a comédia Arraial, me Ajuda!. E volta ao ar na nova versão de Sinhá Moça, em 2006. Em um tom sensível e apaixonado, conta que reconstruiu a vida amorosa, após o fim do terceiro casamento com a cantora Rosa Ventura, 35, em outubro de 2004. Ao lado da administradora gaúcha Vânia Dotto Alves, 49, com quem está casado há um mês, o ator reencontra o equilíbrio e o prazer do cotidiano.
     
    Reginaldo Faria não consegue enxergar outra metáfora, além de um renascimento, para explicar os últimos onze meses. No dia 29 de novembro, o ator sofreu uma parada cardíaca durante uma angioplastia – procedimento para desobstruir artérias do coração. Ficou 33 dias internado, dos quais 20 em coma. Hoje, enfrenta uma batalha judicial contra a Clínica São Vicente, no Rio, por acreditar ter sido vítima de um erro médico, que lhe rendeu traumas físicos e emocionais. A dolorosa recuperação do ator mobilizou a família. Reginaldo se mudou para a casa do filho, Marcelo Faria, onde recuperou a dicção perfeita, a agilidade dos movimentos das pernas e desenvolveu uma nova forma de encarar o cotidiano. Aos 68 anos, o ator acaba de participar de 

Em América você fez um caipira, um tipo diferente dos galãs de sua carreira. Isso reflete uma mudança? 
Se eu posso falar em metáfora, foi um renascimento. Cheguei muito perto da morte. Eu fui do lado de lá e voltei. As pessoas sempre têm uma visão de que certos atores televisivos têm que ter postura do 
galã, do homem poderoso. Compor o Adalberto com ternura, singeleza, foi uma ousadia em função da minha maturidade, não só profissional, mas de vida. Nunca tinha encontrado um personagem que pudesse dizer essas verdades puras. Consegui essa liberdade no texto da Glória Perez.

É um ator mais completo hoje? 
Depois de passar o que eu passei, estou mais aberto, tranqüilo e relaxado. Hoje vejo o quanto os outros estão sofrendo para chegar nesse ponto. Não digo que sou um ator maravilhoso, mas que sou maduro, eu sou. A vida é isso, você começa verde, amadurece e cai do pé depois de maduro. E acabou. Essa é a regra da natureza. Se eu não morri ali, vou morrer lá, mas pelo menos eu aprendi a não ser tão rigoroso e injusto comigo mesmo.

Seu novo casamento é fruto desse amadurecimento?
Eu não quero confundir carência com amor. Sei que não consigo viver sozinho, mas é preciso ser alguém muito especial para estar ao lado, senão teria me casado com outras pessoas com quem convivi. A Vânia não só me ajuda nessa solidão como me dá o amor que eu necessito. E eu retribuo. Estamos juntos desde maio, a gente se conheceu no Rio Grande do Sul, numa cidadezinha maravilhosa, chamada Santa Maria.

Qual a importância de tê-la a seu lado nesse momento? 
Eu me sinto mais vivo, mais equilibrado. É muito triste acordar e ter a solidão do quarto. É muito bom estar com alguém do seu lado. Não é só o beijinho, o sexo e a paixão. Tem o companheirismo, a parceria, saber levar a relação de forma adulta e inteligente. É preciso discutir tudo, todas as idéias e problemas. Esse é o discurso do amor. Somar na discussão de todas as coisas.

Como tem sido a experiência de morar novamente com seu filho?
Não perdemos a privacidade porque praticamente não dividimos muito o espaço. A casa é tão grande que eu quase não vejo o Marcelo. O problema seria se tivéssemos que ficar nos esbarrando.

Seu problema de saúde uniu mais a família? 
Hoje a gente tem mais zelo um pelo outro. Eu e meus filhos (o diretor Régis Faria e os atores Marcelo e Carlos André) estamos ligados mais intensamente. Não é que o amor tenha ampliado, mas hoje existe mais dedicação. Saio sempre com rádio e telefone celular, em qualquer lugar a gente está sempre se ligando.

Por que quis processar a clínica? 
Meu médico sugeriu que eu fizesse um cateterismo e mais nada. Já tinha passado por esse procedimento na época de Força de um Desejo. Fiz, saí andando e gravando novela. Dessa vez, fui ao hospital e eles começaram a querer fazer angioplastia (procedimento para desobstrução do vaso sangüíneo) e resolveram botar um stent (mola metálica que ajuda na circulação) sem me consultar. Porque, se falaram, eu estava inconsciente e não lembro de ter respondido.

O que aconteceu durante esse procedimento? 
O stent explodiu a coronária. Fiquei 55 minutos com parada cardíaca e um aparelho bombeando o coração. Chamaram o médico da família. Ele resolveu a parada e conseguiu me tirar dessa situação. Pelo erro cometido, eles disseram que eu entrei no hospital com fortes dores no peito. Eu fui para lá rindo, brincando com meus filhos Carlos André e Marcelo. (Foi colocado um outro stent, recoberto, para parar o sangramento da coronária. Foi feita também uma pequena cirurgia para drenar o sangue que havia derramado da coronária. O tórax foi aberto para fazer essa drenagem).

Já formalizou um pedido de indenização? 
Deixo o processo por conta dos advogados. Decidi ir à Justiça porque eles foram muito inconseqüentes. Não podem dispor da vida dessa forma. Prejudicaram não só a mim, mas a minha família e meus filhos. Todo mundo sofreu muito. É tempo, trabalho, gastos em hospitais. Hoje sou uma pessoa que precisa fazer permanentemente exercícios de revascularização do coração. Freqüento três vezes por semana uma academia, como se fosse de ginástica, mas com supervisão de uma equipe médica. Os exercícios, como bicicleta e esteira, são feitos com monitoramento de pressão e com medição da freqüência cardíaca.

Como está sua vida agora? 
É evidente que você muda, está sempre achando que alguma coisa vai acontecer, que vai morrer a qualquer momento. Quando saí do coma, não podia falar, andar, nem me comunicar. Quando me olhei no espelho estava com 64 quilos, parecia aqueles franguinhos abatidos pendurados no açougue. Pensava que não ia sair disso, fui lutando, lutando e consegui. Esse foi o prejuízo da irresponsabilidade dos médicos. 
O stent não serviu para nada, tive uma trombose, um entupimento. 
No Carnaval, no meu chalé, em Friburgo, fui subir três degraus e senti dor no peito. Pensei: “Eu vou morrer agora”. Consegui abrir a porta, entrei, passei um rádio para o Carlos André. Ele chegou, tomei remédio, deitei, melhorei. Depois, fiz novos exames e me submeti a um novo cateterismo.

Se lembra de alguma coisa durante o coma? 
Tive sonhos e escrevi todos eles. É muito estranho, como o Inferno de Dante (referindo-se à Divina Comédia, de Dante Alighieri). Eu era o Dante no sentido de buscar a vida. Queria sair daquele inferno. Sonhei 33 dias, 20 deles em coma e o resto acordando e dormindo. Em cada episódio, a tônica era viver, estava querendo sair de algum lugar, de uma prisão, uma escravização. Para mim, foi uma catarse escrever, limpou. Foi pesado.

Tornou-se mais religioso?
Sempre tive religiosidade, sempre fui muito místico, pratico meditação. Sempre fiz muita ioga e meditação. Estou sempre procurando leituras nesse sentido. Gosto muito do budismo, me dá equilíbrio. Procuro não ser engolfado pelo sistema. A gente precisa do capitalismo para viver, mas é selvagem e desumano. Pagamos os impostos mais absurdos do mundo, temos os políticos mais escrotos do mundo. Se a gente sofre isso tudo sem um anteparo filosófico e místico, a gente se arrebenta. Preciso buscar isso para que não entre em desespero.

Qual a sua visão de vida hoje? 
Hoje, sei brincar com as responsabilidades, ser irresponsável sem abrir mão dos compromissos. Se você é rigoroso demais consigo mesmo, não chega lá. Hoje, tenho amor por mim e nas coisas que faço. Valorizo cada gesto, como calçar uma meia, tomar café, um banho. Quando você se ama, aprende a amar o outro, mesmo que seja antipático, arrogante. Hoje, tenho prazer na própria vida, é um dom que não podemos desmerecer.

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Reginaldo Faria é escalado para novela e descarta aposentadoria da TV

Reginaldo Faria não pensa em deixar de atuar na televisãoCom 50 anos de carreira na TV, Reginaldo Faria está confirmado no elenco de “Totalmente Demais” [nome provisório], a substituta de “I Love Paraisópolis”, que vai entrar no lugar de “Alto Astral”.
Em entrevista à colunista Patrícia Kogut, o ator contou que não pensa na aposentadoria. “Gosto de trabalhar”, afirma. O veterano irá interpretar o bon vivant Maurice, pai do personagem de Fábio Assunção na trama das 19 horas.
Aliás, “Totalmente Demais” é um projeto de Rosane Svartman e Paulo Halm, os responsáveis pela atual temporada de “Malhação”. A previsão é que a produção estreie no final deste ano.
Ainda na mesma entrevista, Reginaldo Faria conta qual é a estratégia para continuar fazendo bons trabalhos como ator. “Graças à maturidade e ao conhecimento, eu me tornei uma ferramenta capaz de fazer tipos cada vez mais diversos. Claro que a idade traz limitações. Não posso, por exemplo, interpretar um atleta”, brinca ele.
Vale ressaltar que Faria fez a primeira novela da TV Globo. “Ilusões Perdidas” estreou no mesmo dia que a emissora carioca foi inaugurada, ou seja, em 26 de abril de 1965.

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Talento nato, Reginaldo Faria conta que virou ator por um acaso

O ator já participou de várias novelas como Paixão de Outono, Um Rosto de Mulher, Pai Herói, a primeira versão de Ti-ti-ti e diversas outras tramas.

          Como não pensar em Reginaldo Faria e lembrar de muito sucesso? Impossível, o ator é um talento nato e já participou de várias novelas como Paixão de Outono, Um Rosto de Mulher, Pai Herói, a primeira versão de Ti-ti-ti e diversas outras tramas. Mas foi em Vale Tudo, como Marco Aurélio, que sua carreira explodiu.
          Em entrevista ao programa Grandes Atores, do Canal Viva, o ator falou como foi essa experiência na carreira.
          "Tinha muito medo. Cada câmera era como se fosse um take. Então, tinha que representar para todas. Só que dentro disso tudo você falava um texto só, que era gigantesco. A possibilidade do ator se encontrar nisso era mínima. Eu entrava em pânico! Foi uma novela que questionou bastante política e socialmente a situação em que o país estava. Ficou para a história a cena. Gilberto [Braga] acertou na mosca. Maravilhoso!"
          O ator também revelou que começou a atuar por acaso, quando era assistente de câmera de No Mundo da Lua, no ano de 1958, filme dirigido por seu irmão Roberto Farias. Um outro ator faltou à gravação e justamente Reginaldo foi escalado para fazer o teste.
          "Os primeiros olhares se voltaram para mim. E eu louco para fazer, evidente. O Roberto me trancou no apartamento dele por uma semana fazendo testes todos os dias. Tinha vontade de dar um soco nele, exigia demasiadamente de mim. Mas ele foi meu verdadeiro aprendizado, quem deu verdadeiramente o primeiro impulso. Somos muito unidos, desde pequenos, época em que ajudávamos no açougue do meu pai, em Nova Friburgo. Nos protegemos muito, porque tem a paixão vinda do espírito dele no trabalho e na luta, e há a pelo cinema, que também nos une".
         Reginaldo passou por alguns momentos difíceis no ano de 2004, quando ele teve uma complicação de saúde. Durante a entrevista ele contou que todos esses problemas fizeram com que ele refletisse sua postura no dia a dia.
       "Quando estava em Força de Um Desejo, atravessei uma fase muito difícil. Comecei fazendo um cateterismo. Cinco anos depois, tive que me submeter a outro, mas, por erro médico, romperam minha coronária. Fiquei 20 dias em coma. Fiz uma viagem onírica ou, realmente, fui parar em outro tipo de dimensão. Foi um troco incrível. Quando sai do hospital não tinha massa muscular, pesava 60 quilos. Não conseguia escrever nem falar. Foi um período de grande aprendizado, de grande necessidade de lutar pela vida. Deus me fez compreender uma série de coisas que eu não entendia, até mesmo pela minha própria arrogância. Aprendi a reconceituar a minha vida. Antes, era capaz de brigar por qualquer coisa. Isso me fez sentir melhor o que é a vida. Emociona estar vivo, que é muito mais importante", disse.